Animais jovens são mais eficientes na utilização do alimento, por esta razão devemos aproveitar ao máximo este fator biológico
Quando falamos em aumentar a produtividade na pecuária de corte, a primeira coisa que nos vem á memória é o ganho médio diário, ou seja, quantos quilogramas de peso o animal esta ganhando por dia. Obviamente, nosso desejo refere-se a o ganho máximo possível, zootecnicamente e economicamente falando.
No entanto, o ganho de peso ocorrido entre o nascimento e o desmame, algumas vezes passa despercebido e pode influenciar de forma direta no tempo gasto para que o animal atinja o grau de acabamento exigido para o abate.
Se compararmos dois animais, machos, castrados, um desmamado com 160 kg o outro com 200 kg, ambos com ganho médio diário de 0,4 kg no período pós desmama, o tempo estimado para atingirem peso de abate (440 kg), é de 32 meses para o primeiro e 29 meses para o segundo. Ou seja, o primeiro animal, desmamado com 160 kg ficará três meses a mais dentro da propriedade. Se o ganho pós desmame for de 0,8 kg, a diferença cai para dois meses, em contra partida, fica a pergunta, economicamente falando; é mais fácil produzir um kg de boi ou um kg de terneiro?
Animais jovens são mais eficientes na utilização do alimento, por esta razão devemos aproveitar ao máximo este fator biológico. E isso vale tanto para quem produz como para quem compra terneiros. Imaginem os senhores, são três meses de área disponível para outra categoria, para um novo lote, menor mão de obra, menores gastos com medicamentos, suplementos, etc...
Em resumo, vender animais pesados, assim como comprar animais pesados, tornará o sistema mais dinâmico e eficiente, além de propiciar uma melhor utilização da área produtiva. Principalmente quando nosso foco esta na produção do novilho precoce, nicho de mercado em ascensão nos tempos atuais.
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